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Dúvida cruel: superdotação ou pretensão?

  • É inegável a grande resistência das pessoas em fazer a prova dos nove para descobrir se têm altas habilidades, ou não. Alguns, principalmente os mais velhos, se questionam se realmente desejam saber a resposta. A possibilidade de ser – e ter vivido décadas sem saber disso – representa ter de rever toda uma vida. Existe ainda o medo e vergonha de saber que, se não for, sua busca por um teste será julgada de “pura pretensão”. 
 
  • O mais comum é passar algumas semanas, meses ou anos acostumando-se com a ideia de se submeter a um teste. Entretanto, é bom saber que não se trata de uma prova, como de vestibular, com gabarito e nota de corte. Envolve anamnese, avaliação da produção pessoal, relatórios respondidos por terceiros, em outras palavras, envolve mais do que os testes de QI podem captar. 

 

Foto de Artur Rutkowski na Unsplash.
  • “Existe uma infinidade de competências humanas que não são avaliadas pelos testes de inteligência. Superdotação não se resume ao potencial cognitivo que esses testes avaliam”, argumenta Denise Arantes Brero, psicóloga especialista no tema.
 
  • A maioria esmagadora das pessoas que chegou até Denise para descobrir sua verdadeira identidade só chegou “empurrada por alguém próximo”, garante ela. “A pessoa vem — trazida pelo cônjuge, amigo, pais — com muita certeza de que tem alguma coisa diferente, que não se encaixa. Muitos acham que têm autismo, atualmente. Eu até utilizo instrumentos de rastreio de TEA e outras questões, para mapear possíveis sinais e encaminhar, quando é o caso de um diagnóstico médico”, explica a psicóloga.
 
  • Denise se lembra da avaliação de um rapaz que tinha vários indicadores da condição e era brilhante na música. Ele não obteve o resultado clássico de 130 ou mais de QI, mas foi identificado com altas habilidades. “A superdotação é uma habilidade acima da média, por isso eu considero a partir de 120, que são dois dígitos-padrão acima da média. Até porque somente 2% da população tem QI superior a 130”, resume. 
 
  • Os superdotados são, pelo menos, 3 a 5% da população, segundo o Relatório de Marland, referência internacional no assunto. Os teóricos mais atuais ampliam a até 30%, ao irem além da ideia tradicional da “superdotação acadêmica”. Eles consideram habilidades como os esportes, as artes, a criatividade, a forma de resolver problemas ou as características de liderança, o que se convencionou chamar de “superdotação criativo-produtiva”. 

 

 
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