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Como o mercado de trabalho vê as pessoas superdotadas?

  • A resposta mais realista para essa pergunta é que o mercado de trabalho ainda não vê as pessoas superdotadas. Raros são os líderes, profissionais de Recursos Humanos, coaches e psicólogos preparados para apoiar esses neurodivergentes. Assim como na sociedade em geral, no ambiente corporativo impera o desconhecimento dessa condição. Existe um grande potencial, portanto, para os profissionais que se dedicarem a atravessar o abismo entre o preconceito e uma mentalidade formada com base no conhecimento real sobre a superdotação.

 

 

  • Doutora em Administração, professora e pesquisadora na área de gestão de pessoas e relações de trabalho na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Christine acredita que enquanto a condição não for popularizada e essa discussão não se tornar mais natural dentro das empresas, os mitos vão continuar imperando. Inclusive entre as próprias pessoas com altas habilidades que ainda não descobriram que nasceram com essa condição.
 
 
  • Para as pessoas superdotadas que já estão identificadas o recado que fica é que não adianta esperar encontrar nas organizações acolhimento para suas particularidades. Mas vale considerar apresentar o tema dentro da empresa em que trabalhar — mesmo sem ter de se assumir publicamente.
 
  • Até o momento é preciso contar com a sorte para encontrar chefes e colegas mais atentos às necessidades alheias ou que se saibam superdotados e reconheçam na equipe alguém com indicativos de altas habilidades. “Vai sempre depender muito do gestor. Institucionalmente não se vê isso acontecendo atualmente, mas isoladamente não duvido que aconteça”, complementa Christine sobre a probabilidade de existirem casos em que concessões sejam feitas para adequar o ambiente ou outras normas de trabalho às necessidades específicas de um funcionário superdotado.
 
  • Baseada nas investigações feitas para seu livro e nas pesquisas que desenvolve academicamente, Christine afirma, com conhecimento de causa, que não há diretrizes ou políticas de suporte psicológico ou de medicina do trabalho voltadas para essa questão nas grandes e médias organizações. Isso está evidente nos relatórios de diversidade das consultorias, que sequer mencionam o tema. “Se não está lá, é porque a empresa não tem nada nesse sentido”, pontua.
 
  • É mais efetivo, portanto, cada um pensar como se preservar e potencializar suas qualidades e a dos outros no âmbito laboral. Para quem não tem superdotação — ou ainda não se identificou — o melhor é abrir os olhos para essa possibilidade em si e nos colegas de trabalho de qualquer nível hierárquico. Todos devem ter em mente o retorno que a empresa, a equipe e o indivíduo podem ter quando algumas particularidades são respeitadas, independentemente da superdotação.
 
  • As pessoas com altas habilidades, por sua vez, precisam desenvolver estratégias próprias para reduzir os impactos negativos do ambiente corporativo e aumentar os aspectos que permitam contribuir mais e melhor com o time, com o negócio e com o próprio crescimento profissional e satisfação pessoal.
 
  • Confira no livro Deu Zebra! Descobrindo a superdotação um capítulo inteiro sobre os desafios e as potencialidades das pessoas superdotadas no mercado de trabalho, além de diversos relatos das vivências de adultos no âmbito laboral.



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